Sabemos que o combate ao preconceito, ao racismo e a todas as demais formas de opressão deve ser feito todo dia. Entretanto, é tristemente emblemático que um caso tão bárbaro ocorra na véspera do dia 20 de novembro, data nacional da Consciência Negra. O crime racista em Porto Alegre, com todo seu horror, evidencia mais uma vez o sentido perverso que tem sido dado à palavra segurança, tanto pública, quanto privada, e a suas práticas. À família do João Beto, nossa solidariedade ante essa dor irreparável.

Fica a pergunta: como pode haver Justiça diante disso?Quando haverá justiça, se a cada 23 minutos, 03 jovens pretos são exterminados no Brasil de 2020? Se, apenas nas últimas 24 horas, 13 mulheres foram brutalmente mortas, a maioria mulheres pretas? Temos que agir de forma coletiva no enfrentamento da intolerância e do racismo que perduram em nossa sociedade. E também, individualmente, cada pessoa branca deve se perguntar: "onde está guardado meu racismo?" Precisamos romper o sistema que alimenta e reproduz o racismo institucional/estrutural, superando a hegemonia do capital financeiro e sua agenda neoliberal para instaurar uma democracia que mereça esse nome, capaz de garantir a igualdade efetiva e o respeito pleno à dignidade humana. 

Quiçá, no futuro, possamos nessa data apenas celebrar e agradecer à memória de Zumbi dos Palmares, Dandara, Carolina de Jesus, Ivone Lara, Lélia Gonzáles, Abdias Nascimento, Clóvis Moura, Marielle Franco e tantas/os outras/os cidadãs e cidadãos brasileiras/os, símbolos de nossa cultura.

 

Direção da Escola de Serviço Social

 

Obs.

A seguir divulgamos link de celebração da UFR/ CFCH com participação da nossa colega Cris

http://www.cfch.ufrj.br/index.php/27-noticias/1389-ufrj-comemora-o-dia-da-consciencia-negra

 

Av. Pasteur, 250 - Urca, Rio de Janeiro - RJ, 22290-240.

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