Diante do atual cenário, expressamos nossa plena adesão às atividades de greve e mobilização nacional de trabalhadores técnico-administrativos e docentes federais da educação, bem como manifestamos nosso acordo com as pautas do corpo estudantil em defesa da recomposição orçamentária, visando reverter o quadro de desfinanciamento e extrema precariedade que impacta nas condições de trabalho e estudo de servidores e estudantes dos institutos e universidades do país, tanto no desenvolvimento de suas atividades administrativas quanto de ensino, pesquisa, estágio e extensão, entre outras.
Desde a deflagração da greve discente no curso de Serviço Social em 27/05/24, docentes da Escola de Serviço Social (ESS) expressaram apoio ao movimento grevista, participando de reuniões comunitárias (junto com TAEs e estudantes), procurando adequar seus cronogramas de atividades para combiná-los com aulas públicas e atividades coletivas no período, bem como não exigindo frequência. Esse foi o arranjo possível, dado que a categoria docente da UFRJ não está em greve.
Em reunião realizada dia 17/06/2004, docentes da ESS, reiteraram, de forma coletiva e consensual, seu apoio à greve discente, bem como manifestaram seu respeito à mobilização e autonomia organizativa e deliberativa do movimento estudantil.
Ainda nesta reunião, devido à não suspensão do calendário acadêmico e, portanto, a inviabilidade de reposição de aulas (devido também a professoras/es da UFRJ não estarem em greve); o corpo docente deliberou pelo reajuste dos programas específicos das disciplinas para a garantia do 75% dos conteúdos ministrados a partir da semana do 24 de junho, com o objetivo de cumprir a carga horária mínima e realizar as respectivas avaliações e lançamento de notas ainda no semestre de 2024/1.
Diante das decisões estudantis em assembleias do DCE e de Serviço Social, e das deliberações do CEG do dia 19/06/2024, as/os professoras/es estarão em sala na segunda-feira. Dito isso, reafirmamos nosso compromisso de, a partir de 24 de junho, seguir ocupando os espaços de sala de aula, reafirmando nosso compromisso com as diretrizes curriculares, a formação profissional presencial e a garantia do ensino de qualidade.
Do mesmo modo, nesta mesma reunião de 17 de junho, a categoria docente se pronunciou a favor do respeito dos direitos do corpo discente de participar em atividades de mobilização com abono de faltas e/ou trancamento especial, contudo, para aprovação das disciplinas, as avaliações deverão ser realizadas.
Dito isso, reiteramos nossa disposição para o diálogo construtivo e fraterno com TAEs e o conjunto de estudantes e suas entidades representativas.
Continuamos em estado de mobilização e em luta pela reestruturação de nossa carreira, pelo reajuste salarial e principalmente pela recomposição do orçamento da educação federal. Seguimos em defesa da UFRJ e da Universidade Pública brasileira: laica, presencial e comprometida com os problemas de seu tempo.
Rio de Janeiro, 19 de junho de 2024.